Sobre o amor e a guerra
Um livro de Luis Sepúlveda é sempre
um sobressalto para o leitor, uma promessa cumprida de que a vida é algo mais
do que esta letargia em que nos arrastamos. O amor existe, não nas histórias
arrebatadoras à Hollywood mas nos pequenos gestos dos amigos, dos companheiros
de infortúnio, nos gritos partilhados contra os canalhas ou no olhar de um
desconhecido.
um sobressalto para o leitor, uma promessa cumprida de que a vida é algo mais
do que esta letargia em que nos arrastamos. O amor existe, não nas histórias
arrebatadoras à Hollywood mas nos pequenos gestos dos amigos, dos companheiros
de infortúnio, nos gritos partilhados contra os canalhas ou no olhar de um
desconhecido.
Encontro de amor num país em guerra (agora reeditado pela Porto Editora), conjunto de
narrativas dispersas e de alguns inéditos, traz-nos histórias dessas improváveis
razões para a felicidade que só poucos compreendem. Como a importância de um
encontro fugaz quando o amanhã é uma incerteza entre ruínas e só o prisioneiro
sabe o que o espera – a morte.
narrativas dispersas e de alguns inéditos, traz-nos histórias dessas improváveis
razões para a felicidade que só poucos compreendem. Como a importância de um
encontro fugaz quando o amanhã é uma incerteza entre ruínas e só o prisioneiro
sabe o que o espera – a morte.
Todo o mundo de Sepúlveda está
presente nestas poucas mais de duas centenas de páginas, divididas em quatro temas:
amores e desamores; heróis e canalhas; imprevistos; e uma outra porta do céu.
presente nestas poucas mais de duas centenas de páginas, divididas em quatro temas:
amores e desamores; heróis e canalhas; imprevistos; e uma outra porta do céu.
Aqui cabem a paixão a paixão de um
homem pela modista de gravatas; o mistério da paixão de um velho desvendado na
dedicatória de um livro; o medo do insidioso carro que parou na rua; a vida
desgraçada do homem que vendia doces no parque e a quem roubaram a licença; o
treino dos guerrilheiros chilenos disfarçados de boxeurs; o desterro dos
revoltosos mo meio do nada, um sítio abandonado chamado Tola; ou a busca
incessante pela casa desaparecida de Santiago e pela sua bela e promissora inquilina.
homem pela modista de gravatas; o mistério da paixão de um velho desvendado na
dedicatória de um livro; o medo do insidioso carro que parou na rua; a vida
desgraçada do homem que vendia doces no parque e a quem roubaram a licença; o
treino dos guerrilheiros chilenos disfarçados de boxeurs; o desterro dos
revoltosos mo meio do nada, um sítio abandonado chamado Tola; ou a busca
incessante pela casa desaparecida de Santiago e pela sua bela e promissora inquilina.
Luis Sepúlveda regressa com a qualidade
que lhe é reconhecida, na sua escrita límpida e eloquente. Em narrativas vivas,
inteligentes, sensíveis, com conteúdo e pessoas dentro – porque elas existem,
cruzam-se connosco todos os dias. Nem só banqueiros e políticos habitam o
planeta, embora eles nos infernizem a vida.
que lhe é reconhecida, na sua escrita límpida e eloquente. Em narrativas vivas,
inteligentes, sensíveis, com conteúdo e pessoas dentro – porque elas existem,
cruzam-se connosco todos os dias. Nem só banqueiros e políticos habitam o
planeta, embora eles nos infernizem a vida.
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Luis Sepúlveda
Encontro de amor num país em guerra
Porto Editora, 14,40€