Sandro William Junqueira | Quando as Girafas Baixam o Pescoço
1-O que representa, no contexto da sua obra, o livro «Quando
as Girafas Baixam o Pescoço»?
as Girafas Baixam o Pescoço»?
R- Aqui não há heróis nem vidas extraordinárias. É um livro de gente banal que
habita um edifício de paredes finas e vive à beira do abismo. São vidas que por
circunstâncias diferentes encontram-se suspensas, num intervalo, numa pausa que
contraria a voragem e a velocidade do mundo moderno; quase como se tivessem
descoberto um erro no sistema: e que por isso foram obrigadas a parar, a ficar
em suspensão, presas num intervalo; e com tempo para mergulhar no lado avesso,
nas profundezas do ser, sofrem as investidas dos fantasmas, das perguntas, do
enigma e da permanente insatisfação. Apesar de apresentar elementos de
estranheza e temáticas já exploradas nos romances anteriores, este livro
apresenta-se menos distópico. Mais urbano e próximo de uma realidade facilmente
identificável.
2-Qua a ideia que esteve na origem deste livro?
R- Não terá sido apenas e só uma ideia, mas um acumular de experiências e
observações. Sempre vivi em cidades e habitei uma boa dezena de apartamentos
diferentes. Por isso aprendi a viver com gente por cima, em baixo, dos lados,
sem que existisse qualquer género de comunicação ou proximidade. E isto é um
problema do mundo moderno: apesar de sermos cada vez mais em termos de número e
vivermos cada vez mais próximos uns dos outros em termos de centímetros vivemos
cada vez mais isolados. Numa solidão que faz muito barulho. Numa solidão que
grita.
3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R- Tenho terminado um novo livro infantojuvenil que julgo será publicado no
primeiro semestre de 2018 e estou a trabalhar num novo romance.
__________
habita um edifício de paredes finas e vive à beira do abismo. São vidas que por
circunstâncias diferentes encontram-se suspensas, num intervalo, numa pausa que
contraria a voragem e a velocidade do mundo moderno; quase como se tivessem
descoberto um erro no sistema: e que por isso foram obrigadas a parar, a ficar
em suspensão, presas num intervalo; e com tempo para mergulhar no lado avesso,
nas profundezas do ser, sofrem as investidas dos fantasmas, das perguntas, do
enigma e da permanente insatisfação. Apesar de apresentar elementos de
estranheza e temáticas já exploradas nos romances anteriores, este livro
apresenta-se menos distópico. Mais urbano e próximo de uma realidade facilmente
identificável.
2-Qua a ideia que esteve na origem deste livro?
R- Não terá sido apenas e só uma ideia, mas um acumular de experiências e
observações. Sempre vivi em cidades e habitei uma boa dezena de apartamentos
diferentes. Por isso aprendi a viver com gente por cima, em baixo, dos lados,
sem que existisse qualquer género de comunicação ou proximidade. E isto é um
problema do mundo moderno: apesar de sermos cada vez mais em termos de número e
vivermos cada vez mais próximos uns dos outros em termos de centímetros vivemos
cada vez mais isolados. Numa solidão que faz muito barulho. Numa solidão que
grita.
3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R- Tenho terminado um novo livro infantojuvenil que julgo será publicado no
primeiro semestre de 2018 e estou a trabalhar num novo romance.
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Sandro William Junqueira
Quando as Girafas Baixam o Pescoço
Editorial Caminho 14,90€