Rui de Azevedo Teixeira: “Desenvolver uma história de crise de excesso de sentimento”

1-O que representa, no contexto da sua obra, o livro «O Imenso, Sereno e Doce Rio»?
R-A minha obra apresenta três facetas: ensaística de marca académica (Mestrado, Doutoramento, Agregação); ensaio literário, livre (“Ensaios de Espelho”, por exemplo); romances.  Na ficção, depois de “O Elogio da Dureza” e de “O Longo Braço do Passado”, “O Imenso, Sereno e Doce Rio” representa o fecho da trilogia A Vida Aventureira de Um Homem de Letras. O protagonista dos três romances é Paulo de Trava Lobo, um comando “furioso do livro”, no primeiro romance, que se torna professor universitário de Literatura Portuguesa, mas que continua “achacado de aventuras”, no segundo e terceiro romances.

2-Qual a ideia que esteve na origem deste livro?
R-Desenvolver uma história de crise de excesso de sentimento. Paulo de Trava Lobo vê-se espargatado entre a paixão pela comunista Ana, cuja voz é capaz de derreter os ossos a um homem, e o amor pela burguesa Iza, a sua etérea mulher. Ana é a Paixão, un amour vache, aos solavancos entre o paraíso carnal e o inferno do ciúme e da ideologia; Iza, é o Amor que resulta da transubstanciação da Paixão inicial. Paulo, temporariamente com duas almas, confirma que “the road of excess leads to the palace of Wisdom” (William Blake).

3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R-Uma extensa ficção formatada em Diário. É uma obra ambiciosa nas suas coordenadas de tempo e espaço, nas digressões reflexivas e na ação em diferido. Não faltará a independência de espírito nem o áspero humor. A obra já passou da fase de esquema projectual.
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Rui de Azevedo Teixeira
O Imenso, Sereno e Doce Rio
Guerra e Paz  16€

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