A complexidade das vidas simples
A Publicações Europa-América iniciou recentemente a publicação dos livros da escritora inglesa Josephine Cox, e estão já disponíveis três títulos: “Viver o sonho”, “A vida que nunca te contei” e “Por entre grãos de areia”.
Os títulos não enganam e dão ao potencial leitor uma primeira e fiel indicação sobre o género que encontrará, se por páginas adentro se aventurar: histórias de amor, romances que na maioria das vezes terminam bem depois dos ziguezagues habituais em assuntos de coração.
Para quem gosta do género, refira-se que a singularidade de Cox relativamente às suas concorrentes directas é o tecido social em que se movem as suas personagens. Ao contrário do que é habitual neste segmento, os livros de Cox não estão repletos de gente rica e glamourosa, com títulos nobiliários ou bolsistas. Pelo contrário, as personagens de Cox são marcadamente da classe média, média/baixa, gente trabalhadora que tenta sobreviver alegrando a vida com os sonhos do amor. Mesmo quando escapam a esse padrão – e são donos de uma loja ou fábrica – continuam a ser exemplos de honradez laboriosa, riqueza conquistada com sangue, suor e lágrimas. O sexo também está presente, claro, mas com uma certa reserva, mesmo perante cenas com algum conteúdo de promiscuidade.
Os enredos fixam-se quase sempre em Inglaterra, de preferência na província, com uma ou outra rápida passagem por Londres. Em termos temporais, predomina a primeira metade do século XX.
Nos seus livros, que na Grã-Bretanha ultrapassam já as três dezenas, é recorrente uma enorme intensidade dramática, conflitos existenciais só ultrapassáveis através de relações amorosas complexas e de desenlace (quase sempre) difícil de atingir, mas cuja ambição é de uma simplicidade desarmante.
Aliás, as heroínas de Cox parecem ter muito dela própria e os seus romances não escapam ao realismo da sua vivência.
Josephine Cox nasceu em Blackburn (cenário de vários dos seus livros), de uma família com dez descendentes. Casou aos 16 anos e teve dois filhos, dedicando-se à família. Só quando os miúdos foram para a escola ingressou na faculdade, e apesar de conseguir um cargo na Universidade de Cambridge recusou para não ficar longe de casa e da família. Mas não deixou de enveredar pelo ensino e começar a escrever. No mesmo ano em que vence o prémio Superwoman of Great Britain, no qual foi inscrita em segredo pela família, o seu primeiro romance foi aceite para publicação.
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Josephine Cox
Viver o sonho, 24,73€
A vida que nunca te contei, 24,73€
Por entre grãos de areia, 25,90€
Publicações Auropa-América
Os títulos não enganam e dão ao potencial leitor uma primeira e fiel indicação sobre o género que encontrará, se por páginas adentro se aventurar: histórias de amor, romances que na maioria das vezes terminam bem depois dos ziguezagues habituais em assuntos de coração.
Para quem gosta do género, refira-se que a singularidade de Cox relativamente às suas concorrentes directas é o tecido social em que se movem as suas personagens. Ao contrário do que é habitual neste segmento, os livros de Cox não estão repletos de gente rica e glamourosa, com títulos nobiliários ou bolsistas. Pelo contrário, as personagens de Cox são marcadamente da classe média, média/baixa, gente trabalhadora que tenta sobreviver alegrando a vida com os sonhos do amor. Mesmo quando escapam a esse padrão – e são donos de uma loja ou fábrica – continuam a ser exemplos de honradez laboriosa, riqueza conquistada com sangue, suor e lágrimas. O sexo também está presente, claro, mas com uma certa reserva, mesmo perante cenas com algum conteúdo de promiscuidade.
Os enredos fixam-se quase sempre em Inglaterra, de preferência na província, com uma ou outra rápida passagem por Londres. Em termos temporais, predomina a primeira metade do século XX.
Nos seus livros, que na Grã-Bretanha ultrapassam já as três dezenas, é recorrente uma enorme intensidade dramática, conflitos existenciais só ultrapassáveis através de relações amorosas complexas e de desenlace (quase sempre) difícil de atingir, mas cuja ambição é de uma simplicidade desarmante.
Aliás, as heroínas de Cox parecem ter muito dela própria e os seus romances não escapam ao realismo da sua vivência.
Josephine Cox nasceu em Blackburn (cenário de vários dos seus livros), de uma família com dez descendentes. Casou aos 16 anos e teve dois filhos, dedicando-se à família. Só quando os miúdos foram para a escola ingressou na faculdade, e apesar de conseguir um cargo na Universidade de Cambridge recusou para não ficar longe de casa e da família. Mas não deixou de enveredar pelo ensino e começar a escrever. No mesmo ano em que vence o prémio Superwoman of Great Britain, no qual foi inscrita em segredo pela família, o seu primeiro romance foi aceite para publicação.
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Josephine Cox
Viver o sonho, 24,73€
A vida que nunca te contei, 24,73€
Por entre grãos de areia, 25,90€
Publicações Auropa-América