Policial com uma ajudinha do além
Porquê eu? marca a estreia literária de Hugo
Pena e o futuro dirá se se trata de uma incursão solitária ou se o gosto pela
ficção, que na badana da capa assume ter desde novo, será suficiente para
continuar a ver as suas obras editadas.
Pena e o futuro dirá se se trata de uma incursão solitária ou se o gosto pela
ficção, que na badana da capa assume ter desde novo, será suficiente para
continuar a ver as suas obras editadas.
Esta primeira obra aparece classificada como policial, mas é
um policial atípico, já que à trama característica do género o autor junta um
certo misticismo. Como seria de esperar, estão presentes vários crimes e a respectiva
investigação policial. No entanto, a resolução do mistério deve-se ao dom de
uma das personagens, que através de visões e vozes interiores vai recebendo
informação fundamental sobre a série de assassínios ocorridos.
um policial atípico, já que à trama característica do género o autor junta um
certo misticismo. Como seria de esperar, estão presentes vários crimes e a respectiva
investigação policial. No entanto, a resolução do mistério deve-se ao dom de
uma das personagens, que através de visões e vozes interiores vai recebendo
informação fundamental sobre a série de assassínios ocorridos.
Hugo Pena constrói uma trama interessante, em que a
investigação policial decorre a par do desenrolar da situação pessoal e
familiar da principal personagem, Maria, uma arquitecta que vê a sua vida
desmoronar-se a partir do dia em que o médico lhe anuncia que o marido, Jaime,
é estéril.
investigação policial decorre a par do desenrolar da situação pessoal e
familiar da principal personagem, Maria, uma arquitecta que vê a sua vida
desmoronar-se a partir do dia em que o médico lhe anuncia que o marido, Jaime,
é estéril.
A relação do casal entra numa espiral descendente, onde não
falta o desemprego do marido e a sua adição alcoólica. A culminar a maré de
azar, as provas dos homicídios apontam para uma única pessoa: Jaime.
falta o desemprego do marido e a sua adição alcoólica. A culminar a maré de
azar, as provas dos homicídios apontam para uma única pessoa: Jaime.
Num enredo em que nada parece o que é, também a melhor amiga
de Maria desempenha um papel enganador. Só com a ajuda do dom sobrenatural tudo
se esclarecerá.
de Maria desempenha um papel enganador. Só com a ajuda do dom sobrenatural tudo
se esclarecerá.
Para os apreciadores do género, este é romance que se lê com
interesse.
interesse.
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Hugo
Pena
Pena
Porquê eu?
Chiado
Editora, 16€