Pedro Prostes da Fonseca: “Carlos Rates teve um papel preponderante na I República “
P-Qual a ideia que esteve na origem deste seu livro «Incorrigível-a História Desconhecida de Carlos Rates»?
R-Surgiu do editor da Ponto de Fuga, Vladimiro Nunes.
P-De uma forma resumida quem foi Carlos Rates e que importância teve na história do PCP?
R- Foi um anarco-sindicalista que teve um papel preponderante na I República no que respeita ao combate ao sistema partidário, especialmente à figura de Afonso Costa. Esteve na fundação do PCP, foi seu primeiro secretário-geral, até que em 1931 decidiu juntar-se à União Nacional.
P-A que se deve o relativo desconhecimento que existe sobre Carlos Rates e o seu percurso de vida?
R-Foi “apagado” pelo PCP, por razões óbvias.
P-Como explica a transição de Carlos rates de secretário-geral do PCP para apoiante de Salazar e do Estado Novo?
R-O antiparlamentarismo e a defesa do corporativismo explicam a aproximação a Salazar, assim como a prioridade às Finanças.
P-Quais os factos mais relevantes da acção política de Carlos Rates?
R-As campanhas pelo Alentejo em 1913 para ajudar a levantar sindicatos; o ter sido primeiro secretário-geral do PCP.
P-Finalmente, durante a pesquisa, o que mais o surpreendeu em todos este percurso de Carlos Rates?
R-O facto de a sua “cambalhota” política estar de alguma forma sustentada nos muitos escritos que deixou.
P-A pesquisa que realizou vai permitir, agora, ter um outro olhar sobre esta figura?
R-Acredito que sim.
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Pedro Prostes da Fonseca
Incorrigível-A História Desconhecida de Carlos Rates
Ponto de Fuga 16,60€