Pedro Pinto | Amor Carnal
1- O que representa, no contexto da sua obra, o livro «Amor Carnal»?
R- “Amor Carnal” é uma sucessão de “Polaroids” sobre os vários tipos de amor – alguns conotados como marginais -; amores, paixões, formas de viver, de sobreviver à falta de amor. Em termos conceptuais é o amor para além do que grande parte de nós fomos formatados; sim, porque o Amor assume várias formas, as quais nem sempre concordantes com o que os outros ficcionam sobre o amor. A pergunta que fica no ar é: até onde é que cada um está disposto a ir, ou a ceder, pelo verdadeiro amor?
2- Qual a ideia que esteve na origem do livro?
R-A ideia subjacente – o projeto – foi e é – agora concretizado – um bilhete só de ida para o vício que pode ser o amor; uma passagem de qualquer parte do mundo para o acesso a outro, mais elevado, sem possibilidade de retorno. Pretende-se – pretendo – que cada leitor tenha um turbilhão de emoções: que fique incomodado, que se reveja, que reveja um conhecido, um amigo, uma amiga, amante ou qualquer outro tipo de parentesco, ou ligação, e pense: amar é algo transcendentalmente global e universal – mas sem barreiras nem limites. Porque é que nos limitamos tanto quando podemos ser felizes?
3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R-O futuro apresenta-se como o aqui e agora, um já, em que estou a desafiar-me a produzir um conto, um romance, bem como algumas colaborações pontuais nos média. Escrever é respirar: eu respiro todos os dias; ler é saborear o respirar: leio (lemos) todos os dias. O desafio é permitir-nos – permitir-me – “suar-nos” acutilantemente o que nos vai na alma e poder partilhar isso mesmo – e ecoar – com todos os leitores.
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Pedro Pinto
Amor Carnal
Alfarroba, 10€