Paulo M. Morais | Voltemos à Escola
1- Como nasceu o seu interesse pela Escola da Ponte?
R- O livro nasceu de um convite feito pelo meu editor Rui Couceiro. Foi ele que
me apresentou a Escola da Ponte e, após uma primeira pesquisa, identifiquei-me
com o projeto e achei que «Voltemos à Escola», sendo uma não-ficção, poderia
encaixar no meu percurso de romancista. É um livro com gente lá dentro.
me apresentou a Escola da Ponte e, após uma primeira pesquisa, identifiquei-me
com o projeto e achei que «Voltemos à Escola», sendo uma não-ficção, poderia
encaixar no meu percurso de romancista. É um livro com gente lá dentro.
2- O que aprendeu na Escola da Ponte?
R- Reaprendi a questionar aquilo que damos por adquirido. Percebi que os meus
tempos de escola poderiam ter sido diferentes e isso levou-me a formular novas
perguntas, às quais fui tentando responder ao longo do livro. No final, escrita
a última página, fiquei com uma dimensão mais abrangente do que pode ser a
escola, do que pode ser um aluno, do que pode ser um professor, do que pode ser
um funcionário, do que pode ser um livro de não ficção.
tempos de escola poderiam ter sido diferentes e isso levou-me a formular novas
perguntas, às quais fui tentando responder ao longo do livro. No final, escrita
a última página, fiquei com uma dimensão mais abrangente do que pode ser a
escola, do que pode ser um aluno, do que pode ser um professor, do que pode ser
um funcionário, do que pode ser um livro de não ficção.
3- Como podemos definir este seu livro: uma reportagem, uma observação ou uma
experiência?
experiência?
R- Os meus romances são uma viagem de descoberta interior e
exterior. Conhecer a Escola da Ponte, e tentar perceber as linhas invisíveis
com que se tece, foi mais uma experiência de ficar sem chão e, ainda assim,
querer continuar a caminhar. O livro está escrito com esse sentido de
exploração, num percurso que junta razão e emoção e que parte de um caso
específico para chegar a nomes como Agostinho da Silva, Daniel Pennac,
Sebastião da Gama, Rubem Alves, Ken Robinson, mas também às pessoas – e aos
episódios do quotidiano – que fizeram e fazem aquela escola diferente. Era este
o contributo que eu e o meu editor achámos que poderia ser dado por um
romancista a um tema já bastante estudado pelos académicos. «Voltemos à Escola»
é, portanto, um quase romance baseado em factos reais. E lê-se como um romance.
exterior. Conhecer a Escola da Ponte, e tentar perceber as linhas invisíveis
com que se tece, foi mais uma experiência de ficar sem chão e, ainda assim,
querer continuar a caminhar. O livro está escrito com esse sentido de
exploração, num percurso que junta razão e emoção e que parte de um caso
específico para chegar a nomes como Agostinho da Silva, Daniel Pennac,
Sebastião da Gama, Rubem Alves, Ken Robinson, mas também às pessoas – e aos
episódios do quotidiano – que fizeram e fazem aquela escola diferente. Era este
o contributo que eu e o meu editor achámos que poderia ser dado por um
romancista a um tema já bastante estudado pelos académicos. «Voltemos à Escola»
é, portanto, um quase romance baseado em factos reais. E lê-se como um romance.
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Paulo M. Morais
Voltemos à Escola
Voltemos à Escola
Contraponto 16,60€
Entrevista sobre o livro Revolução Paraíso de Paulo M. Morais