Pat R: O Pijama da Gata
1-O que representa, no contexto da sua obra o livro “O
Pijama da Gata”?
Pijama da Gata”?
R- São as perguntas mais simples que criam maiores impasses. “O Pijama da Gata”
é, acima de tudo, uma história sobre sentimentos. Ambos os protagonistas vivem
em interno conflito entre aquilo que sentem e aquilo que acham que devem
sentir, entre aquilo que escolhem e a viabilidade do que estão a escolher. De
formas diferentes, estão absorvidos por eles mesmos e isso fá-los perderem-se
dentro dos confins dos seus egos, na profundeza das suas personalidades,
camufladas por um falso orgulho que chega a ser desmanchado pelo terror do
medo. A dedicação artística empregada por cada um deles nas suas respetivas
profissões é um exemplo claro da forma como se entregam a qualquer outra coisa
e essa totalidade é, talvez, a característica fulcral deste romance. Embora
publicado mais tarde, foi escrito primeiro do que o “Inércia” e, no contexto da
minha obra, mantém, à semelhança do meu primeiro livro editado, a
despersonalização e a aniquilação que as minhas personagens fazem a elas
mesmas. Essencialmente, “O Pijama da Gata” fala de um tipo de amor que é
egoísta e que se alimenta da idealização, que em nada é palpável ou
confortável, pelo contrário, arrasta os que amam para uma ilusão encenada, tal
peça de teatro, num turbilhão de sensações que se seduzem a elas mesmas.
é, acima de tudo, uma história sobre sentimentos. Ambos os protagonistas vivem
em interno conflito entre aquilo que sentem e aquilo que acham que devem
sentir, entre aquilo que escolhem e a viabilidade do que estão a escolher. De
formas diferentes, estão absorvidos por eles mesmos e isso fá-los perderem-se
dentro dos confins dos seus egos, na profundeza das suas personalidades,
camufladas por um falso orgulho que chega a ser desmanchado pelo terror do
medo. A dedicação artística empregada por cada um deles nas suas respetivas
profissões é um exemplo claro da forma como se entregam a qualquer outra coisa
e essa totalidade é, talvez, a característica fulcral deste romance. Embora
publicado mais tarde, foi escrito primeiro do que o “Inércia” e, no contexto da
minha obra, mantém, à semelhança do meu primeiro livro editado, a
despersonalização e a aniquilação que as minhas personagens fazem a elas
mesmas. Essencialmente, “O Pijama da Gata” fala de um tipo de amor que é
egoísta e que se alimenta da idealização, que em nada é palpável ou
confortável, pelo contrário, arrasta os que amam para uma ilusão encenada, tal
peça de teatro, num turbilhão de sensações que se seduzem a elas mesmas.
2- Qual a ideia que esteve na origem deste livro?
R- Como na maioria dos meus trabalhos, “O Pijama da Gata” surgiu de uma
necessidade de criar esta história. Teve como origem uma experiência emocional,
que foi ficcionada e transformada nesta obra.
necessidade de criar esta história. Teve como origem uma experiência emocional,
que foi ficcionada e transformada nesta obra.
3- Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R- Desde Setembro do ano passado, estou dedicada a um novo romance que planeio
lançar, aproximadamente, daqui a um ano. Tem sido um processo interessante,
porque difere em muito de tudo o que já escrevi até então. Há sempre coisas
dentro de mais coisas e isto resume sucintamente o meu próximo romance, que são
várias coisas dentro de uma só, a história grande, aquela que protege as outras
no seu âmago. Posso adiantar que a música é um dos temas mais importantes neste
livro, que acompanha a união musical de várias personagens. Ao contrário do
“Inércia” e do “Pijama da Gata”, é um romance narrado pelas próprias
personagens, com uma organização e estrutura pouco convencionais. Sem querer
adiantar muito mais, imaginem o que aconteceria se conseguíssemos ter a perceção
dos vários seres em que poderíamos ter resultado, se a fecundação inicial da
qual resultámos tivesse sido diferente.
lançar, aproximadamente, daqui a um ano. Tem sido um processo interessante,
porque difere em muito de tudo o que já escrevi até então. Há sempre coisas
dentro de mais coisas e isto resume sucintamente o meu próximo romance, que são
várias coisas dentro de uma só, a história grande, aquela que protege as outras
no seu âmago. Posso adiantar que a música é um dos temas mais importantes neste
livro, que acompanha a união musical de várias personagens. Ao contrário do
“Inércia” e do “Pijama da Gata”, é um romance narrado pelas próprias
personagens, com uma organização e estrutura pouco convencionais. Sem querer
adiantar muito mais, imaginem o que aconteceria se conseguíssemos ter a perceção
dos vários seres em que poderíamos ter resultado, se a fecundação inicial da
qual resultámos tivesse sido diferente.
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Pat R
O Pijama da Gata