Um livro útil para um leque alargado de leitores

1-Qual a ideia que esteve na origem deste vosso novo livro «Uma Viagem ao Mundo das Ideias Económicas»?
R- A ideia principal que nos levou à elaboração deste livro foi a constatação da inexistência de uma obra com estas caraterísticas. Como dizemos na introdução do livro, existem imensos livros de Economia, com abordagens muito distintas, que vão desde o tradicional manual de Economia dirigido exclusivamente a um público académico, normalmente de natureza formalizada e abstrata, até visões mais descritivas e pessoais sobre uma determinada temática. Não queríamos fazer nem uma nem outra. Não por crítica a essas abordagens mas sim porque acreditamos que há espaço para algo significativamente distinto, como o que procurámos fazer nesta obra. Trazendo a conjugação entre a teoria económica e o mundo real, trazendo algumas das novas tendências de discussão, trazendo o caso português, trazendo dados e estatísticas, trazendo, enfim, um olhar diferente aos problemas económicos que conjugue simplicidade de exposição e rigor.

2-Como foi possível encontrar respostas sobre uma ciência tão vasta e complexa como a Economia em pouco mais de200 páginas?
R- É uma questão bastante interessante, tanto mais que, diria, o livro é ambicioso ao colocar 100 temas em discussão, abrindo, portanto, uma vasta latitude de temáticas a explorar. Não sendo, obviamente, exaustivo nessa identificação de temas, ambicionou-se ser abrangente. Responderia à questão dizendo que fizemos um esforço muito criterioso para estruturar o desenvolvimento de cada tema (ou seja, a resposta a cada questão) de uma forma sucinta, privilegiando as mensagens chave que queríamos salientar em cada questão em detrimento de detalhes não essenciais ou de explicações e desenvolvimentos que ofuscassem a clareza da mensagem. Claro que, além disso, tivemos de deixar de fora outras questões importantes e interessantes. Tivemos de fazer escolhas – afinal a Economia é isso mesmo: a ciência das escolhas.

3-O livro não tem um perfil académico. Antes parece ser mais orientado como um contributo rigoroso para a literacia económica de não-especialistas: será?
R- A resposta a essa questão tem diferentes vertentes. Na verdade, o livro foi preparado para ser dirigido a um público vasto, assumindo essa vertente de promoção da literacia económica (uma vertente fundamental e, a nosso ver, pouco explorada). De facto, cremos que o livro pode ser útil para um leque muito amplo de profissionais, com formações distintas, desde as ciências de gestão, ciências sociais, de saúde, tecnológicas, entre outras. É dirigido ao médico que quer saber mais de Economia porque precisa para as funções de gestão que desempenha, ao jornalista que lida com temas económicos, ao engenheiro que, apesar de não lidar com estes temas em termos profissionais, tem interesse intelectual por eles, ao jovem prestes a escolher o seu futuro académico a nível superior e que gostava de perceber afinal de que trata Economia, ao empresário que quer aprofundar o seu conhecimento na área, entre tantos outros. Neste sentido, o livro não visa obviamente substituir-se a um livro base universitário para áreas em que a Economia seja uma vertente central. Não é essa a sua natureza. Mas ele representa um contributo importante e adequado para cursos de natureza executiva e/ou eminentemente aplicada em que o conhecimento da economia do mundo real se sobreponha à conceção de modelos económicos de base mais teórica.
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Nuno Crespo/Nádia Simões
Uma Viagem ao Mundo das ideias Económicas
Actual  17,90€

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