Mundos Sociais | Nova Editora de Ciências Sociais
1- Como descreve o projecto editorial que está na génese da Editora Mundos Sociais?
R-A Mundos Sociais é uma editora universitária, propriedade do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-IUL) do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL). Foi constituída em Fevereiro de 2010. Destina-se a publicar os muitos estudos e teses realizados pelos investigadores do CIES-IUL, bem como de investigadores de outras instituições, na área da sociologia, da ciência política e de outras ciências sociais. Tem como objectivo, igualmente, publicar em português obras de referência internacionais, de natureza teórica, metodológica e empírica.
2-Em termos de géneros ou áreas temáticas, quais vão ser as principais apostas da editora?
R-A Mundos Sociais iniciou a sua actividade com quatro colecções/produtos distintos. A colecção geral, onde se publicam estudos e teses de maior fôlego, nos domínios da sociologia, da ciência política e de outras ciências sociais; a colecção “Questões de Partida”, destinada a trabalhos mais pequenos que fazem o estado da arte de teorias, conceitos, domínios de pesquisa, metodologias; a colecção “Desigualdades”, que publica os trabalhos realizados no Observatório das Desigualdades, uma estrutura permanente de investigação do CIES-IUL; e a revista Sociologia, Problemas e Práticas, que o CIES-IUL edita desde 1986.
3-Para os próximos meses, que títulos ou autores têm em carteira para surpreender e conquistar os leitores portugueses?
R-Dois títulos a lançar brevemente suscitarão seguramente o interesse do público. Um chama-se Portugal Invisível, e é um conjunto de estudos de vários autores sobre aspectos menos conhecidos da realidade portuguesa, que esses estudos justamente contribuem para desocultar. Abordam-se, entre outros, os temas da violência familiar, do funcionamento dos mercados financeiros, do assédio moral no trabalho, da prostituição, do isolamento dos idosos. O outro livro, intitulado Viver Só. Mudança Social e Estilo de Vida, resultante de uma tese de doutoramento, desconstrói-se a noção comum do viver só como sinónimo exclusivo de solidão e mostra-se que cada vez mais pessoas enquadram a sua experiência de viverem sozinhas num conjunto de orientações e de escolhas que adoptaram reflexivamente, não apenas para satisfazer necessidades materiais, mas igualmente para dar forma e consistência, estética e simbólica, ao seu projecto de vida.