MINOTAURO | António Sáez Delgado: «Ser uma biblioteca de referência da narrativa espanhola actual de qualidade»
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R- A Minotauro aposta num catálogo construído com base nos autores, obras escolhidas com um rigoroso critério de qualidade literária, fora de vogas passageiras. Pretende chegar a ser uma biblioteca de referência da narrativa espanhola actual de qualidade, com nomes imprescindíveis do panorama actual.
2- Em termos de géneros ou áreas temáticas, quais vão ser as principais apostas da editora?
R- A Minotauro publica narrativa, quer romance quer novela ou contos. Relativamente aos autores, tem duas linhas: uma de autores com uma extensa trajectória literária e com reconhecimento internacional; e outra de autores mais novos, com contrastado reconhecimento crítico que forma a aposta da Minotauro para o cânone da literatura contemporânea dos próximos anos.
3- Para os próximos meses, que títulos ou autores têm em carteira para surpreender e conquistar os leitores portugueses?
R- O lançamento da Minotauro conta com quatro obras: Contra Natura, de Álvaro Pombo, um extraordinário romance sobre as relações e o amor no mundo gay; Bingo!, de Esther Tusquets, uma novela irónica e, ao mesmo tempo, melancólica sobre as personagens que se encontram em volta do jogo do bingo; Crematório, de Rafael Chirbes, um retrato ácido da geração espanhola que fez a transição democrática cheia de ideais e acabou torturada pela corrupção urbanística; e Sem Necessidade, de Julián Rodríguez, um dos novos valores da narrativa espanhola, com uma aposta muito séria e definida por um estilo sóbrio e elíptico, com uma novela de reconstrução da memória ambientada em Portugal.
Nos próximos meses irão aparecer livros de autores como Belén Gopegui, Antonio Fontana, Félix Romeo, Antonio Orejudo ou Andrés Barba.
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