Micaela Gregório | Palavras Guardadas

1- “Palavras Guardadas” foi um livro escrito com dor ou à
procura da libertação de uma experiência passada?
R- “Palavras Guardadas” foi uma forma de desabafo. Na
altura, não me sentia à vontade para falar com ninguém sobre o que se passava
na minha vida. Deste modo, comecei a escrever o que sentia e, quando dei por
mim, tinha já bastantes páginas. É claro que todo o processo de escrita esteve
ligado a um grande número de emoções, incluindo a dor, mas a conclusão do livro
permitiu-me pôr um fim àquele capítulo da minha vida. Este livro permitiu-me
libertar todas as emoções e palavras que guardava para mim, tendo servido como
uma forma de terapia que me permitiu ultrapassar os acontecimentos.
2- Porque preferiu um livro de testemunho quando talvez
fosse mas fácil escrever uma novela ou um romance contando a história?
R- Acredito que um livro que conta uma história real, na
primeira pessoa, me permite transmitir, de modo mais fiável, os sentimentos e
mensagens que pretendo passar. Os leitores têm um contacto mais íntimo com a
própria história, podendo identificar-se com a mesma. Para além disso, escrevi
este livro para o meu pai. Queria que as minhas palavras chegassem a ele e,
assim, este livro só poderia ser escrito deste modo.
3-Pensando no futuro: o que está a escrever actualmente?
R- Atualmente, devido aos estudos, tenho pouco tempo para a
escrita. No entanto, sempre que posso, gosto de me sentar e escrever. Neste
momento, tenho por terminar o segundo livro de uma saga de fantasia mas tenho
novas ideias para desenvolver.
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Micaela Gregório
Palavras Guardadas
Chiado Editora