Maria Isabel Barreno | Vozes do Vento

1 – O que representa, no contexto da sua obra, o livro “Vozes do Vento”?
R- As “Vozes do Vento” vêm terminar uma história iniciada com “O Senhor das Ilhas”. Quinze anos se passaram desde então. Por circunstâncias várias, o projecto foi interrompido e adiado. Cheguei a pensar que este livro não queria ser escrito. Na escrita há destes mistérios. Há projectos que morrem e outros que persistem contra todas as adversidades.

2- Qual a ideia que esteve na origem do livro?
R- Trata-se da narração da história de uma família, desde a fortuna e os êxitos de Manuel António Martins – “O Senhor das Ilhas” – que no final do século XVIII foi para Cabo Verde, até à decadência e ao esquecimento, nas gerações seguintes. Estas gerações, dispersas e anónimas, são “As Vozes do Vento”. Uma história que espelha as vicissitudes e o destino do chamado “império colonial português”.

3- Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R- Talvez um romance, talvez contos. Ainda é cedo para saber. Terminado um livro, fica-se num mar de ideias. Ideias soltas, que vagueiam. Terei que esperar para ver quais se afirmam, e também a sua consistência e extensão. Às vezes há pequenas ideias que acabam por conter romances inteiros.
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Maria Isabel Barreno
Vozes do Vento
Sextante Editora, 16€