Maria do Rosário Pedreira | Poesia Reunida
1 – O que representa, no contexto da sua obra, o livro
«Poesia Reunida»?
«Poesia Reunida»?
R- Por vicissitudes que não vale a pena referir com detalhe,
a editora onde publiquei os meus livros anteriores declarou há uns tempos
insolvência e, nessa medida, toda a minha obra estava indisponível. Recebia
frequentemente pedidos de leitores para que a reeditasse e convites de editores
para o fazer num único volume. Mas não me parecia justo proceder apenas a uma
reedição e, como tal, esperei pela circunstância de ter um livro novo que
pudesse juntar aos antigos e que correspondesse também ao período que estou a
viver actualmente (todos os meus livros correspondem a fases distintas da minha
biografia). Isso aconteceu finalmente em 2012 e, assim, a Poesia Reunida é, por
um lado, uma espécie de álbum de retratos da minha vida, por outro, o livro que
há muito devia aos meus leitores mais fiéis.
a editora onde publiquei os meus livros anteriores declarou há uns tempos
insolvência e, nessa medida, toda a minha obra estava indisponível. Recebia
frequentemente pedidos de leitores para que a reeditasse e convites de editores
para o fazer num único volume. Mas não me parecia justo proceder apenas a uma
reedição e, como tal, esperei pela circunstância de ter um livro novo que
pudesse juntar aos antigos e que correspondesse também ao período que estou a
viver actualmente (todos os meus livros correspondem a fases distintas da minha
biografia). Isso aconteceu finalmente em 2012 e, assim, a Poesia Reunida é, por
um lado, uma espécie de álbum de retratos da minha vida, por outro, o livro que
há muito devia aos meus leitores mais fiéis.
2 – Qual a ideia que esteve na origem do livro?
R- Partindo do princípio que se refere ao único livro que
estava inédito, «A Ideia do Fim», a verdade é que partiu de uma circunstância
precisa. Eu sempre usei a poesia como terapia, como forma de me libertar do que
andava a fazer-me mal – e, por isso, sempre escrevi mais quando atravessava um
mau momento. Como há oito anos a minha vida deu uma reviravolta no bom sentido,
não sentia grande necessidade de escrever; acontece, porém, que, mesmo quando
somos muito felizes, de vez em quando assalta-nos o medo de perder o que temos.
Foi numa separação forçada por razões profissionais que me perguntei o que
seria ficar sem o que tenho, e essa ideia do fim gerou, afinal, a maioria dos
poemas do livro novo.
estava inédito, «A Ideia do Fim», a verdade é que partiu de uma circunstância
precisa. Eu sempre usei a poesia como terapia, como forma de me libertar do que
andava a fazer-me mal – e, por isso, sempre escrevi mais quando atravessava um
mau momento. Como há oito anos a minha vida deu uma reviravolta no bom sentido,
não sentia grande necessidade de escrever; acontece, porém, que, mesmo quando
somos muito felizes, de vez em quando assalta-nos o medo de perder o que temos.
Foi numa separação forçada por razões profissionais que me perguntei o que
seria ficar sem o que tenho, e essa ideia do fim gerou, afinal, a maioria dos
poemas do livro novo.
3 – Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R- Não sou, como todos sabem, muito produtiva. E, tendo
publicado a Poesia Reunida em 2012, não é provável que comece a escrever já um
novo livro. Estou, neste momento, mais virada para as letras de fado, seja para
várias pessoas que me pedem, seja um projecto que tenho com a Aldina Duarte,
mas que ainda é mais ou menos secreto. Ando, sobretudo, a ler – que é o que
faço ininterruptamente.
publicado a Poesia Reunida em 2012, não é provável que comece a escrever já um
novo livro. Estou, neste momento, mais virada para as letras de fado, seja para
várias pessoas que me pedem, seja um projecto que tenho com a Aldina Duarte,
mas que ainda é mais ou menos secreto. Ando, sobretudo, a ler – que é o que
faço ininterruptamente.
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Maria do Rosário Pedreira
Poesia Reunida
Quetzal, 15,50€