Manuela Gonzaga | André e o Baile de Máscaras
1-«André e o Baile de Máscaras» faz parte de uma coleção (O
Mundo de André): que ideia esteve na sua origem?
Mundo de André): que ideia esteve na sua origem?
R- Quando comecei a escrever a quarta aventura do André, a
única coisa que sabia, em concreto, é que a Vicência – personagem-chave em
todas as histórias – se sentia tão cansada e com tanto sono que, pela primeira
vez na sua longa vida, se encerra no seu quarto, deixando um bilhete a pedir
que não a incomodem porque quer… dormir. Ao mesmo tempo, sabia que o André
tinha uma nova amiga, na escola. Uma miúda ligeiramente mais velha, de cabelo
negro, olhos escuríssimos, piercing no nariz, e túnica marroquina… uma miúda
chamada Formiga, excelente aluna aliás, mas extremamente crítica em relação a
quase tudo e a quase todos… A certa altura, o mistério adensa-se em volta dela,
e em torno do sono de Vicência. E a história foi-se desenrolando sem eu saber muito bem qual
era o guião. Formiga, leitora compulsiva, diz que nos tempos livres adora
ajudar uns tios que têm uma agência funerária, e que quando pode vai ver
autópsias… é deliciosamente macabra e bastante antissocial. André pergunta-se
se será boa ideia levá-la a sua casa. Como é que a mãe, e já agora, Vicência, a
irão acolher? Na segunda parte do livro, que começa de forma agradável e
delirante, André encontra-se numa Biblioteca sem fim à vista, de onde sai para
entrar nos jardins de um Palácio onde decorre um baile de máscaras. Nesta
altura, começa a desenhar-se com maior clareza o enredo da aventura… que passa
a ser uma vertigem de terror em acontecimentos que se encadeiam de forma
vertiginosa. E tudo começa a fazer sentido.
única coisa que sabia, em concreto, é que a Vicência – personagem-chave em
todas as histórias – se sentia tão cansada e com tanto sono que, pela primeira
vez na sua longa vida, se encerra no seu quarto, deixando um bilhete a pedir
que não a incomodem porque quer… dormir. Ao mesmo tempo, sabia que o André
tinha uma nova amiga, na escola. Uma miúda ligeiramente mais velha, de cabelo
negro, olhos escuríssimos, piercing no nariz, e túnica marroquina… uma miúda
chamada Formiga, excelente aluna aliás, mas extremamente crítica em relação a
quase tudo e a quase todos… A certa altura, o mistério adensa-se em volta dela,
e em torno do sono de Vicência. E a história foi-se desenrolando sem eu saber muito bem qual
era o guião. Formiga, leitora compulsiva, diz que nos tempos livres adora
ajudar uns tios que têm uma agência funerária, e que quando pode vai ver
autópsias… é deliciosamente macabra e bastante antissocial. André pergunta-se
se será boa ideia levá-la a sua casa. Como é que a mãe, e já agora, Vicência, a
irão acolher? Na segunda parte do livro, que começa de forma agradável e
delirante, André encontra-se numa Biblioteca sem fim à vista, de onde sai para
entrar nos jardins de um Palácio onde decorre um baile de máscaras. Nesta
altura, começa a desenhar-se com maior clareza o enredo da aventura… que passa
a ser uma vertigem de terror em acontecimentos que se encadeiam de forma
vertiginosa. E tudo começa a fazer sentido.
2-De que trata este novo livro?
R-Mentiras e máscaras. Bailes de monstros. Festas tristes e
festas alegres. Festas com encontros aterradores…Uma Biblioteca sem fim à
vista, melhor dizendo, de dimensões incomensuráveis. Um Palácio com criaturas
de mundos díspares, ou talvez de universos paralelos. Um Banco de Sementes como
nunca se viu. E estes três reinos têm fronteiras comuns, mas não comunicantes.
Para André, que passa por eles todos, é uma alucinante e bastante perigosa
viagem, no decorrer da qual reencontra a sua amiga Formiga; o Senhor Leandro,
que aparece sempre nestas circunstâncias e é sempre muito bem-vindo; Portália,
a porta falante que liga espaços e tempos, funcionando como um portal com
vontade própria e mau feitio. Por outro lado, tem alguns encontros sublimes e
outros muito desconcertantes. O fruto africano do embondeiro, o malambe,
precipita o desfecho da aventura, e uma belíssima mulher negra, deusa ou
semi-deusa, é a chave mestra que desvenda este enigma. E mais, muito mais. É
disso que trata o meu novo livro.
festas alegres. Festas com encontros aterradores…Uma Biblioteca sem fim à
vista, melhor dizendo, de dimensões incomensuráveis. Um Palácio com criaturas
de mundos díspares, ou talvez de universos paralelos. Um Banco de Sementes como
nunca se viu. E estes três reinos têm fronteiras comuns, mas não comunicantes.
Para André, que passa por eles todos, é uma alucinante e bastante perigosa
viagem, no decorrer da qual reencontra a sua amiga Formiga; o Senhor Leandro,
que aparece sempre nestas circunstâncias e é sempre muito bem-vindo; Portália,
a porta falante que liga espaços e tempos, funcionando como um portal com
vontade própria e mau feitio. Por outro lado, tem alguns encontros sublimes e
outros muito desconcertantes. O fruto africano do embondeiro, o malambe,
precipita o desfecho da aventura, e uma belíssima mulher negra, deusa ou
semi-deusa, é a chave mestra que desvenda este enigma. E mais, muito mais. É
disso que trata o meu novo livro.
3-A coleção é para continuar ou vai aventurar-se noutros
projetos?
projetos?
R- Tenho algumas sinopses para próximas aventuras, e sim, a
coleção O Mundo de André é para continuar. Em relação a outros projetos estou
a preparar o relançamento da biografia de uma personalidade portuguesa do
século XX; tenho um romance histórico já começado e bastante investigado
(passa-se quase todo na Península Ibérica em meados do século X); e vários
outros em continuidade. Tenho sempre livros em fila de espera… à espera de
serem escritos.
coleção O Mundo de André é para continuar. Em relação a outros projetos estou
a preparar o relançamento da biografia de uma personalidade portuguesa do
século XX; tenho um romance histórico já começado e bastante investigado
(passa-se quase todo na Península Ibérica em meados do século X); e vários
outros em continuidade. Tenho sempre livros em fila de espera… à espera de
serem escritos.
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Manuela Gonzaga
André e o Baile de Máscaras
Bertrand, 12,20€