Luís Serra | Aeroplano de Asas Partidas

1- O que representa, no contexto da sua obra o livro
“Aeroplano de Asas Partidas”?
R- Muito francamente, não me parece que tenha “uma obra”.
Prefiro dizer que escrevi uns livritos de cordel e um poema que se transformou
num cartaz. E foram publicados graças ao acaso e à imensa generosidade da
Fernanda Frazão, da editora Apenas-Livros, e do Luís Henriques, do atelier de
tipografia e edições O Homem do Saco. Este último livro, que é uma antologia, representa uma
tentativa, não sei se bem-sucedida, de separar as boas fotografias das
polaróides toscas.
2- Qual a ideia que esteve na origem deste livro?
R- A ideia de fazer uma antologia foi do Carlos Alberto Machado,
da editora Companhia das Ilhas. Aproveito para lhe agradecer a confiança. E
acho que nunca é demais louvar a coragem dos editores independentes como o
Carlos. Neste livro (e nos outros) o que eu queria era conseguir
estar à altura de um dos conselhos do Marquês de Sade: «não ponhas a tua
palidez naquilo que escreves»
.
3- Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R- Estou a escrever uma grandiosa obra de poesia que irá
obrigar o Harold Bloom a rever o seu Cânone Ocidental
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Luís Serra
Aeroplano de Asas Partidas
Companhia das Ilhas, 10€