Luís Nuno Rodrigues | Spínola
1– De que trata este seu livro «Spínola»?
R – O meu livro “Spínola” consiste numa biografia de António de Spínola, um dos vultos cimeiros da história portuguesa do século XX. Foi o primeiro Presidente da República após o 25 de Abril de 1974 e, antes disso, tinha sido uma das figuras militares mais destacadas, desempenhando os cargos de Governador-Geral e Comandante-Chefe na então colónia portuguesa da Guiné. Salientou-se nos meses anteriores à queda do regime de Marcelo Caetano pela publicação do livro “Portugal e o Futuro”, no qual defendia que a vitória militar de Portugal era inviável e que era urgente encontrar soluções políticas que garantissem a permanência dos interesses portugueses em África. O impacto da publicação do livro acabaria por conduzir à sua demissão do cargo de Vice-CEMGFA, poucas semanas antes do 25 de Abril. Depois do golpe militar, ocuparia a Presidência da República até 30 de Setembro de 1974.
2– De forma resumida, qual a principal ideia que espera conseguir transmitir aos seus leitores?
R – O meu objectivo principal é dar a conhecer a figura do Marechal de Spínola nas suas facetas de militar e de político, pelo que é difícil resumir numa única ideia o tema principal da obra. Digamos que um dos temas centrais do livro é percurso de um homem que é, desde o início, um defensor do regime de Oliveira Salazar e que, inclusivamente, se oferece como voluntário para a Guerra em Angola em 1961, mas que, na Guiné, acaba por entender que a solução militar para os conflitos que Portugal travava em África não era possível. Uma outra ideia que pretendo transmitir é a das dificuldades que António de Spínola teve de enfrentar uma vez investido do cargo de Presidente da República, explicando as razões pelas quais desempenhou essas funções por apenas 5 meses e também os motivos do seu exílio no estrangeiro a partir de Março de 1975.
R – O meu objectivo principal é dar a conhecer a figura do Marechal de Spínola nas suas facetas de militar e de político, pelo que é difícil resumir numa única ideia o tema principal da obra. Digamos que um dos temas centrais do livro é percurso de um homem que é, desde o início, um defensor do regime de Oliveira Salazar e que, inclusivamente, se oferece como voluntário para a Guerra em Angola em 1961, mas que, na Guiné, acaba por entender que a solução militar para os conflitos que Portugal travava em África não era possível. Uma outra ideia que pretendo transmitir é a das dificuldades que António de Spínola teve de enfrentar uma vez investido do cargo de Presidente da República, explicando as razões pelas quais desempenhou essas funções por apenas 5 meses e também os motivos do seu exílio no estrangeiro a partir de Março de 1975.
3– Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R – De momento dedico-me a um projecto de investigação, apoiado pela Fundação para Ciência e Tecnologia, que se debruça sobre as origens, apogeu e queda do Corpo do Estado-Maior do Exército português, no século XX.
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Luís Nuno Rodrigues
Spínola
A Esfera dos Livros, 38€