Luís Ferreira | O Pinhal
1- O que representa, no contexto da sua obra, o livro «O Pinhal»?
2- Qual a ideia que esteve na origem do livro?
R- As dificuldades de quem é pobre e vive no campo, no meio de um pinhal, mas pretende alcançar uma vida mais digna e uma felicidade a que julga ter direito. Na segunda metade do século XX, em Portugal, sobretudo nas zonas rurais, havia muitas famílias que trabalhavam e faziam enormes sacrifícios para poderem alcançar uma vida melhor, muitas vezes conseguiam, apesar dos conflitos, discórdias e do sofrimento que isso muitas vezes gerava. Tive ainda a ideia de escrever um livro que mostrasse à juventude dos dias de hoje, sobretudo àquela que vive nos centros urbanos, como era a vida em Portugal há umas décadas atrás, sobretudo nas zonas rurais, de onde quase todos nós temos raízes familiares. Além da intriga principal, ao longo das duzentas e sessenta e cinco páginas do romance, encontram-se algumas referências históricas e culturais de Portugal, desde os anos quarenta, cinquenta, até quase à actualidade.
3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R-Já conclui mais um romance que fala da luta entre dois políticos na disputa pela soberania de um pequeno território. Agora estou a começar a escrever uma pequena e simples novela, que eu classifico como sendo a mais bela e inesperada história de amor entre um homem e uma mulher solteiros e com trinta e tal anos cada um.
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