Luís Corte Real: “Gosto de escrever coisas que mais ninguém escreveu”

1-O que representa, no contexto da sua obra, o livro «Lisboa Noir-O Ano Louco de 1928»?
R-Lisboa Noir é uma encruzilhada onde se atropelam muitos dos meus amores: para começar, a cidade de Lisboa, que já nas obras do detetive do oculto, o misterioso Benjamim Tormenta, tem sempre um papel central. Depois, Lisboa Noir também é uma homenagem à escrita pulp dos anos 30, aos policiais dos anos 40, ao cinema noir dos anos 50 e à era dourada dos comics dos anos 60.

2-Qual a ideia que esteve na origem deste livro?
R-Gosto de equacionar cenários onde a História tomou outros rumos. E se D. Miguel tivesse vendido a guerra civil? E se adicionar a isso uns toques de fantástico e criar uma Lisboa que nunca existiu, mas onde, ainda assim, encontramos ecos da nossa realidade? Gosto de escrever coisas que mais ninguém escreveu. Ou sequer pensou em escrever. O preço a pagar é que, por vezes, o livro pode resultar pouco comercial pois não respeita os clichés que estão na moda e, consequentemente, nos tops. Mas divirto-me bestialmente a escrever e, com Lisboa Noir, sinto que será possível chegar a um público bem mais alargado.

3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R-Um conto do Benjamim Tormenta para o terceiro volume da personagem. Mas depois vou engavetá-lo pois o próximo projeto será um livro de fantasia para o público new adult. A não ser que Lisboa Noir seja um sucesso e isso me obrigue a iniciar a escrita do segundo volume. É que o primeiro acaba com todos os cliffhangers possíveis e imaginários!
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Luís Corte Real
Lisboa Noir-O Ano Louco de 1928
Saída de Emergência  17,70€

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