Luís Amorim de Sousa: “Ordenar os meus poemas segundo uma narrativa dos caminhos que segui”
1-O que representa, no contexto da sua obra, o livro “A Luz que eu buscava intensa”?
R-Grande parte dos poemas que escrevi tem a ver com aspectos da minha vida pessoal. Estão lá os meus amigos, os sítios onde vivi, artistas e obras de arte que admiro, poetas que me revelaram outros mundos, cenas da minha vida conjugal. Mas a poesia acontece. Acontece sem aviso. É imprevisível. Pareceu-me a certa altura e depois de ter também escrito sete livros de memórias, que ordenar os meus poemas segundo uma narrativa dos caminhos que segui, de tudo o que me deteve e me inspirou, pudesse proporcionar a quem me lê uma experiência diferente. E é isso, essencialmente, que este livro representa: outra maneira de olhar para o poeta que vive em mim.
2-Qual a ideia que esteve na origem desta antologia?
R-A Luz Que Eu Buscava Intensa obedece àquele impulso de dar uma arrumação ao conjunto do que fiz. Não é um mostruário. É uma recolha de poemas que resume o essencial do que gostaria que fosse conhecido a meu respeito. Agradeço à Tinta da China a oportunidade que me deu de publicar novamente e aparecer nas estantes das livrarias portuguesas. Viver longe tem um custo.
3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R-Cresci a ouvir histórias. Conto histórias. Escrevi livros de memórias. A poesia entra também nessas histórias. Aguardo a oportunidade de publicar um livro onde tudo isso se encontra. Narrativas, poesia, obras de arte, os meus amigos, pegadas que deixei pelo caminho. Esse livro tem um título: A Vida Contada Assim. O título é apropriado. E sim, há outro livro de poemas que reunirá dentro do mesmo critério de A Luz Que Eu Buscava Intensa, os poemas que lá não estão.
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Luís Amorim de Sousa
A luz que eu buscava intensa
Tinta-da-China €