A Última Estação
Quem gostar da ideia de viajar no tempo e no espaço e ainda por cima quiser juntar a isso, o gozo de andar a passear por dentro das cabeças e dos diários alheios… leia este livro!
Mas primeiro agasalhem-se, porque de repente estamos no ano 1910, na Rússia, em Tula, na enorme casa de Lev Tolstói e faz frio…
Tolstói tem então oitenta e um anos e é o escritor mais famoso da Rússia e um dos escritores mais lidos do mundo.
Famosíssimo, tem a casa invadida por admiradores de todo o tipo, desde pobres camponeses mujiques, a tolstoianos (seguidores das suas doutrinas, frequentemente mais tolstoianos que Tolstói), paparazzis (ah sim, já os havia na época e não menos “sedentos de sangue” que os de hoje), criados, numerosa família, com particular relevo para a sua mais que possessiva esposa.
Curioso, é o facto de toda a gente naquela casa escrever diários e conspirar pela “posse” do velho Tolstói, que apenas ambiciona paz e poder viver (ou morrer…) de acordo com os seus ideais de pobreza e simplicidade.
Pobre Tolstói, que página a página temos vontade de resgatar de uma tal salganhada de conflitos e interesses.
Um belo livro, “vivo”, muitíssimo bem escrito e que tem por base uma aturada pesquisa histórica.
__________
Jay Parini
A Última Estação
Editorial Presença, 18€
Mas primeiro agasalhem-se, porque de repente estamos no ano 1910, na Rússia, em Tula, na enorme casa de Lev Tolstói e faz frio…
Tolstói tem então oitenta e um anos e é o escritor mais famoso da Rússia e um dos escritores mais lidos do mundo.
Famosíssimo, tem a casa invadida por admiradores de todo o tipo, desde pobres camponeses mujiques, a tolstoianos (seguidores das suas doutrinas, frequentemente mais tolstoianos que Tolstói), paparazzis (ah sim, já os havia na época e não menos “sedentos de sangue” que os de hoje), criados, numerosa família, com particular relevo para a sua mais que possessiva esposa.
Curioso, é o facto de toda a gente naquela casa escrever diários e conspirar pela “posse” do velho Tolstói, que apenas ambiciona paz e poder viver (ou morrer…) de acordo com os seus ideais de pobreza e simplicidade.
Pobre Tolstói, que página a página temos vontade de resgatar de uma tal salganhada de conflitos e interesses.
Um belo livro, “vivo”, muitíssimo bem escrito e que tem por base uma aturada pesquisa histórica.
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Jay Parini
A Última Estação
Editorial Presença, 18€