José Maria Vieira Mendes: “A seleção implicou também pensar o livro como um todo”

1-Qual a ideia que esteve na origem deste seu livro «O Pior é que Fica»?
R-Havia várias peças mais recentes que não tinham sido ainda publicadas. Além disso, os dois livros anteriores de peças já não estão disponíveis no mercado, o que torna difícil o acesso ao seu conteúdo. A ideia era pois fazer uma seleção dessas peças mais antigas (escolher as que ficam) acompanhando-as com uma seleção das mais recentes. O critério para a seleção implicou também pensar o livro como um todo, pensando que peças podiam aparecer juntas, quais primeiro e quais depois, etc., tentando lidar com a angústia de que seriam essas as que “ficam”.

2-Como podemos classificar esta obra: um romance com sete capítulos que (também) são peças de teatro para ler em voz baixa?
R- Seria uma possibilidade. Existem muitas marcas que associamos à literatura dramática, o que favorece a sua classificação como “teatro” (é assim que a literatura dramática habitualmente aparece classificada). Mas a estas marcas acrescentei as que tradicionalmente associamos à ficção em prosa. Ao imaginar as peças alinhadas como capítulos, parecia que crescia uma outra coisa (um livro?) que é também parte de uma vida, da minha vida. Mas a esta pergunta podia também responder que podemos classificar esta obra como literatura ou tentar até não a classificar.

3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R-Estou neste momento a preparar uma Revista com o Teatro Praga que estreará em dezembro de 2023 no Teatro Municipal São Luiz e uma nova peça a partir de Antígona de Sófocles a estrear em 2024. Além disso, tenho escrito uma crónica regular para a revista online Almanaque.
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José Maria Vieira Mendes
O Pior É que Fica
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