Jorge Reis-Sá: “Os livros, que é o que importa”
1-No ano do centenário de José Saramago, qual o principal legado do escritor?
R-A resposta evidente seria os livros, que é o que importa. E é isso que um escritor deixa. Mas a pessoa de José Saramago deixou-nos uma expressão que é das mais esperançosas que conheço: “nunca é tarde”. Existindo algum talento, o trabalho intenso permite tudo. Até deixar livros que serão sempre estrelas brilhantes na terra negra de Lanzarote.
2-Qual é o seu livro preferido escrito pelo nosso Nobel?
R-Todos os Nomes.
3-Razões dessa escolha?
R-Lembro-me de o ler na edição da Caminho e ficar maravilhado com a forma como Saramago nos levava pela mão, como se estivéssemos presos ao mesmo fio de Ariadne. E de nos deixar sem fio em certas alturas, mas nunca perdidos. Reli-o há uns meses na edição da Porto Editora. E, ao contrário de com tantos outros autores, o deslumbramento manteve-se.
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Jorge Reis-Sá, Escritor