Jorge Reis-Sá | O Dom

1-O que representa, no contexto da sua obra, o livro «O Dom»?
R- É o meu primeiro divertimento. Não concebo limitar-me a um género, a um estilo, a uma única verdade. Entre a escrita dos romances (estou a preparar o segundo), de contos ou de livros de poesia, surgiu-me a ideia para uma série que intitulei “do espelho”. É essa série que O Dom inaugura. Divertimentos muito sérios, para leitores sôfregos.
2-Qual a ideia que esteve na origem do livro?
R- A ideia fundadora teve a ver com a clausura de uma mini sociedade num edifício. Antes disso, a ideia foi até a clausura num parque de estacionamento. Mas ficcionalmente vi que funcionava melhor se alargasse para um centro comercial. É um livro sobre uma situação limite – como o são todos os divertimentos que penso escrever – e como a espécie humana resolve a situação.
3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R- Tenho um livro de poemas no prelo (Vou Para Casa, a editar nos próximos meses) e estou a escrever o segundo romance, que sairá entre final de 2008, início de 2009, assim me ajude o engenho e a arte. Os divertimentos também serão continuados. Há um com 50 páginas e todo o argumento estabelecido que será recuperado logo a seguir à conclusão do romance. E, claro, poemas. A poesia sempre.