João Luís Barreto Guimarães | Você Está Aqui
1 – O que representa, no contexto da sua obra, o livro
“Você está aqui”?
“Você está aqui”?
R- É talvez ainda um pouco cedo para dizer, pelo menos para
mim que sou o autor. Esse tipo de avaliação carece de distância, podendo até depender,
muitas vezes, do que se vem a fazer a seguir, tanto quanto daquilo que já se
fez. Principalmente quando se trata de um livro que claramente abre novos
caminhos. Parece-me, no entanto, para não deixar de responder à pergunta, que
“Você está aqui” amplifica o tom e os assuntos que desenvolvi nas
segunda e terceira partes de “A Parte pelo Todo” (Quasi, Vila Nova de
Famalicão, 2009), podendo também ser lido, designadamente a segunda parte, como
uma síntese temática da minha poesia desde, pelo menos, “Rés-do-Chão”
(Gótica, Lisboa, 2003) ou mesmo desde “Este Lado para Cima” (Limiar,
Porto, 1994).
mim que sou o autor. Esse tipo de avaliação carece de distância, podendo até depender,
muitas vezes, do que se vem a fazer a seguir, tanto quanto daquilo que já se
fez. Principalmente quando se trata de um livro que claramente abre novos
caminhos. Parece-me, no entanto, para não deixar de responder à pergunta, que
“Você está aqui” amplifica o tom e os assuntos que desenvolvi nas
segunda e terceira partes de “A Parte pelo Todo” (Quasi, Vila Nova de
Famalicão, 2009), podendo também ser lido, designadamente a segunda parte, como
uma síntese temática da minha poesia desde, pelo menos, “Rés-do-Chão”
(Gótica, Lisboa, 2003) ou mesmo desde “Este Lado para Cima” (Limiar,
Porto, 1994).
2 – Qual a ideia que esteve na origem deste livro?
R- Nenhuma ideia em concreto, na verdade. A minha poesia é
muito biográfica e geográfica, de forma que vou construindo os poemas – vão-me
acontecendo poemas, – trabalho-os, aceito-os ou elimino-os, até que uma ideia
surge para os organizar em livro. como se de mínimos denominadores comuns se
tratassem. Neste caso em concreto, os poemas que situei em cidades europeias
estão agrupados sob o nome de “Partidas”; aqueles que representam um
regresso à “prosa dos dias” (Manuel António Pina), ao quotidiano
nacional, estão coligidos sob a cortina de “Chegadas”. É um livro
escrito no presente, sobre o presente, sobre o espaço e o tempo da contemporaneidade.
É talvez o meu livro mais político.
muito biográfica e geográfica, de forma que vou construindo os poemas – vão-me
acontecendo poemas, – trabalho-os, aceito-os ou elimino-os, até que uma ideia
surge para os organizar em livro. como se de mínimos denominadores comuns se
tratassem. Neste caso em concreto, os poemas que situei em cidades europeias
estão agrupados sob o nome de “Partidas”; aqueles que representam um
regresso à “prosa dos dias” (Manuel António Pina), ao quotidiano
nacional, estão coligidos sob a cortina de “Chegadas”. É um livro
escrito no presente, sobre o presente, sobre o espaço e o tempo da contemporaneidade.
É talvez o meu livro mais político.
3 – Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R- Poemas, sempre; crónicas, a pedido; e ficção,
micronarrativa.
micronarrativa.
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João Luís Guimarães
Você Está Aqui
Quetzal, 9,90€
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