Guilherme Glória: “Revejo-me em Singapura”

Guilherme Glória escreveu poesia e ficção. Gostava de regressar como uma reencarnação de Fernando Pessoa.
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O que é para si a felicidade absoluta?
É como um raio solar, tem de se passar pelas nuvens da dor para oscilar e chegar ao momento zen do raio solar, ou seja à felicidade absoluta.

Qual considera ser o seu maior feito?
Escrever que considero a minha obra-prima, Procedimento, mil páginas de quotidiano ficcional, como fosse um campeão de maratona.

Qual a sua maior extravagância?
Penso que não tenho, aderi ao minimalismo como filosofia de vida, mas ter ido a Pompéia onde Punk Floyd deu o místico concerto de Pompéia.

Que palavra ou frase mais utiliza?
Bem sabes.

Qual o traço principal do seu carácter?
A solidez da timidez é transformada numa pessoa racional e criativa ao mesmo tempo.

O seu pior defeito?
Ser desarrumado, mas isso faz parte do meu lado criativo, não gosto do metodismo.

Qual a sua maior mágoa?
Ter apostado o meu dinheiro todo na minha juventude no jogo Roleta do Casino Oriente.

Qual o seu maior sonho?
Ser reconhecido com a minha escrita, porque o universo pode conspirar a favor disso.

Qual o dia mais feliz da sua vida?
Termos sido Campeões da Europa e ter escrito o Culminar pelo feito histórico.

Qual a sua máxima preferida?
Os piores dias servem para chegar aos melhores dias.

Onde (e como) gostaria de viver?
Revejo-me em Singapura, onde a competitividade e o ato nobre de uma sociedade desenvolvida.

Qual a sua cor preferida?
Preto.

Qual a sua flor preferida?
Tulipa.

O animal que mais simpatia lhe merece?
Os ratos, utilizei-os em muitos textos meus.

Que compositores prefere?
Debussy, Chopin, Beethoven, Vivaldi, Richard Wagner.

Pintores de eleição?
Alua Pólen, Monet, Van Gogh, Leonardo da Vinci, Pablo Picasso.

Quais são os seus escritores favoritos?
Dostoievsky, Proust, George Orwell, Henry Miller, Bukovsky, John Fante, Celini.

Quais os poetas da sua eleição?
Paulo Leminski, Fernando Pessoa, Walt Whitman, Luís de Camões.

O que mais aprecia nos seus amigos?
Momentos de espírito Dionisíaco.

Quais são os seus heróis?
Dostoievsky, o mestre da narração, personagens e histórias eruditas.

Quais são os seus heróis predilectos na ficção?
kirov. Uma personagem que se suicidou por ser demasiado feliz, o acto de cometer em plena felicidade e surreal.

Qual a sua personagem histórica favorita?
Donald Trump o carisma como criou milhões de euros, e depois como fez política nos EUA foi um murro no estômago ao mundo.

E qual é a sua personagem favorita na vida real?
O meu irmão filósofo Laurent inspirou-me para muitas obras que foram escritas.

Que qualidade(s) mais aprecia num homem?
Sua lealdade e vontade de vencer.

E numa mulher?
O seu estado de guerreira como construir sua família, sua sensibilidade por poder dar a luz.

Que dom da natureza gostaria de possuir?
O mar transbordar a sabedoria, força e por vezes a sua forma calma.

O que é para si o cúmulo da miséria?
Portugal ter sido invadido por estrangeiros, e temos perdido o nosso valor intrínseco português.

Quais as falhas para que tem maior indulgência?
Ter falhado nos objetivos, pelo menos não foi uma derrota porque não se desistiu.

Qual é para si a maior virtude?
Ser resiliente.

Como gostaria de morrer?
Numa bebedeira de Vodka Martini minha bebida predilecta.

Se pudesse escolher como regressar, quem gostaria de ser?
Reencarnação do Fernando Pessoa.

Qual é o seu lema de vida?
Tenta, tenta, até conseguires.