Francisco Duarte Mangas | A Rapariga dos Lábios Azuis
R- O romance A Rapariga dos Lábios Azuis encerra um ciclo iniciado com Diário de Link (a história de um republicano da guerra de civil de Espanha que encontra refúgio e a morte em Vilarinho da Furna), e continua na Geografia do Medo. Nas três obras, um traço comum: a terra e os seus segredos, a ternura, alguma ternura, num ambiente marcado pela rudeza. Mais do que nas obras anteriores, as mulheres povoam este romance – guardam a memória do mundo.
2- Qual a ideia que esteve na origem do livro?
R- Uma casa térrea, muito pequena, com uma figueira grande à porta. Era assim a casa da minha avó, Bernardina Duarte, que conheci quando era menino. A casa, o tempo a apagou; existe na memória que a escrita aviva. A partir daí, da memória de uma casa procurei descobrir o infortúnio da rapariga que comeu bagas interditas.
3- Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
A Rapariga dos Lábios Azuis
Quetzal, 13,95€