Fernando Correia: Um ensaio espiritual

1-O que representa, no contexto da sua obra, o livro «Diário de um Corpo sem Memória»? 
R–É um ensaio espiritual; talvez uma catarse das minhas mágoas; um alerta para os familiares e amigos dos doentes de Alzheimer; um contributo para que se perceba melhor a importância da mente humana. No contexto da minha produção literária é mais um degrau que eu subo na íngreme escada da minha vida terrena, desejoso de atingir o ponto de não retorno, mas certamente aquele que corresponde à minha libertação espiritual.

2-Este é um livro muito pessoal: como conviveu o seu espírito de jornalista com este autor com um estilo muito mais intimista?
R-Libertou-se o jornalista da tarefa e da responsabilidade de ser exacto, para dar lugar ao escritor que, sem ambiguidades, cumpre os dois desígnios: o de ser factual, mas também o de viajar por outros “mundos”, incluindo os da sua imaginação. No caso do diálogo com um cérebro sem memória, destaca-se a tentativa de transformar o imaginário em real, o possível em autêntico, o sonho em realidade. Foi muito difícil, mas quando acabei de escrever o livro estava feliz.

3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R-Estou a escrever um novo ensaio, mas este de bastante mais fôlego, muito mais exigente, porque diz respeito ao nascimento, vida, morte e renascimento. Ou seja: o final de um conflito pessoal entre a matéria e os espírito e à existência de uma outra vida, numa diferente dimensão.
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Fernando Correia
Diário de um Corpo sem Memória
Guerra e Paz  12€

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