Felipe Folgosi | Aurora

1- O que representa, no contexto da sua obra, o livro de
banda desenhada “Aurora”?
R- Trabalho como ator há mais de vinte anos, já havia
escrito peças de teatro, colaborado com jornais e escrito vários guiões de
cinema, mas o Aurora foi minha primeira banda desenhada publicada, o que para
mim, como fã de BD, é uma grande realização pessoal. É um grande prazer poder
dividir um sonho de tantos anos com o público e receber o retorno que tem sido
muito positivo.
2- Qual a ideia que esteve na origem deste livro?
R- Uma ex namorada um dia notou que tenho muitos sinais de
nascença e de brincadeira peguei uma caneta e comecei a “ligar os
pontos”, que acabaram por formar padrões geométricos. Isso me deu a ideia
de como seria se alguém fosse ao hospital fazer exames, como uma tomografia por
exemplo, e o resultado mostrasse um padrão exatamente igual ao de uma
constelação gravado em seu corpo. Essa foi a ideia inicial. A partir daí
busquei criar uma teoria unindo astronomia, física, biologia e medicina que
apesar de obviamente fictícia, fosse coerente e tivesse uma lógica interna que
conduzisse o leitor através da história de um pescador português que em alto
mar presencia um fenômeno astronômico que o transforma no próximo passo da
evolução humana.
3- Pensando no futuro: o que está a preparar neste momento?
R- Entre junho e julho devo lançar minha segunda banda
desenhada, chamada Comunhão, que é uma história de suspense com
terror psicológico, sobre um time de corridas de aventura que se perde nas
selvas brasileiras e tem que literalmente correr pelas próprias vidas, tudo com
muita ação e algumas decapitações. Será em preto e branco, com 134 páginas
desenhadas pelo JB Bastos, que já desenhou para títulos da Legendary Comics.
Espero também poder lançar o Comunhão em Portugal, quem sabe até pessoalmente
em alguma convenção de bandas desenhadas para ter um contato direto com o
público português.
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Felipe Folgosi
Aurora 
Instituto dos Quadradinhos, 12,90€