Fátima Vivas | Chuva de Poemas

1- “Chuva de Poemas” é uma obra de estreia: como
espera poder olhar para este livro daqui a 20 anos?
R- Olharei para “Chuva de Poemas” com muito carinho. Espero poder
pensar que foi apenas o começo de uma viagem, durante a qual ganhei leitores e
o direito a dar à luz outros livros. O conjunto de poemas que o compõe foi
reunido com o objetivo de mostrar algo, sem mostrar tudo. Deixei campo largo de
outras possibilidades, e sobretudo espaço para crescer. O espólio que existe (e
não cessa de aumentar) dá-me serenidade e garantias.

2- Qual a ideia que esteve na origem deste livro?
R- A  ideia que esteve
na origem do livro foi sobretudo o querer que aquilo que escrevo seja lido. É a
razão que me move. Foi necessário fazer um investimento. Ainda não vendi livros
suficientes para deixar a linha vermelha. Com sorte, conseguirei reaver a verba
inicial. E com muita sorte, um dia, verei o primeiro pagamento dos meus
direitos de autora.
3- Pensando no futuro: o que está a escrever neste
momento?
R- Hoje escrevi três poemas. Serão sempre o grosso do meu
trabalho. Mas também escrevo contos e crónicas. Enfim, tenho dificuldade em ultrapassar as quarenta páginas
de escrita. Não me imagino a escrever um longo romance. Primeiro, porque não aprecio
o género. Segundo, porque certamente perderia pormenores pelo caminho. Sou
apreciadora de textos curtos e expressivos. Preservo a minha própria coerência.
Não pretendo aventurar-me por áreas em que não me sinto confortável.
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Fátima Vivas
Chuva de Poemas
Chiado Editora