Elogio dos argumentos

CRÓNICA
| J. A. Nunes Carneiro

Tristes e perigosos são os tempos da unanimidade muitas vezes acéfala. Ou do ruído sem sentido com muitas vozes a fazerem-se ouvir mas poucas (ou nenhumas) a serem ouvidas.
Nesses tempos (nestes tempos em que vivemos…) surgem, por vezes, boas notícias e … boas leituras.
Leituras através das quais podemos a exercer o nosso direito à palavra e à discordância. Podemos usar um argumento e podemos escutar um outro completamente diferente. Sim, ainda é possível argumentar, debater, discordar ou simplesmente falar. Por isso, esta colecção das Edições 70 é tão estimulante: são sete ensaios em que podemos ler, meditar e/ou debater o estatuto ou a função dos intelectuais; ter dúvidas; falar de amor ou da rebeldia; percorrer novos caminhos sobre a lentidão ou sobre… a bicicleta. Podemos (e devemos) ainda usar a(s) palavra(s) num supremo elogio da nossa vida.
A colecção “Elogio” é constituída por breves mas significativos ensaios. Podemos concordar ou discordar dos seus autores, mas não faltam motivos de reflexão.
Precisamos de regressar ao argumento, à discussão franca e aberta de temas, problemas e situações. Estes livros mostram como isso ainda é possível. Basta querermos.
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Lamberto Maffei, Elogio da Palavra 
Alain Badiou/Nicolas Truong, Elogio do Amor
Victoria Camps, Elogio da Dúvida
Bernard-Henri Lévy, Elogio dos Intelectuais
Lamberto Maffei, Elogio da Lentidão
Lamberto Maffei, Elogio da Rebeldia
Marc Augé, Elogio da Bicicleta
Edições 70

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