Dimas Simas Lopes | Porto do Mistério do Norte
R- O título do livro é o nome que dou aos Biscoitos, uma
terra do Norte da Ilha Terceira, Açores, onde se movem as personagens a que o
autor empresta a voz. O Tónio, pescador, fala dos riscos e mistérios do mar e
da exploração da pesca e conta histórias da terra e levanta incertezas e
questiona para onde vamos. No livro cabem a criação o fim do mundo. Um lugar é
geografia com gente dentro e um universo com perfídias e desejos e perguntas.
Os lugares têm o tamanho das pessoas que os habitam e os contemplam. Gente rude
e sensível e culta e ignorante, a gente que habita o mundo. Alguns avivam a
memória de que o mundo não foi sempre assim, das incertezas do princípio até às
crises dos nossos dias, quando o futuro já foi melhor.
terra do Norte da Ilha Terceira, Açores, onde se movem as personagens a que o
autor empresta a voz. O Tónio, pescador, fala dos riscos e mistérios do mar e
da exploração da pesca e conta histórias da terra e levanta incertezas e
questiona para onde vamos. No livro cabem a criação o fim do mundo. Um lugar é
geografia com gente dentro e um universo com perfídias e desejos e perguntas.
Os lugares têm o tamanho das pessoas que os habitam e os contemplam. Gente rude
e sensível e culta e ignorante, a gente que habita o mundo. Alguns avivam a
memória de que o mundo não foi sempre assim, das incertezas do princípio até às
crises dos nossos dias, quando o futuro já foi melhor.
2- Qual a ideia que esteve na origem deste livro?
R- Que o mundo é só diverso por fora, por dentro as pessoas
são as mesmas em qualquer parte. Mudou muito a cosmética do mundo, o mundo
cresceu por fora em oferta e procura e em deslumbramento pelos objectos e
coisas, piscam luzes e espalham-se ruídos, que se enfiam nos corpos e nos
sentidos, até à fartura da exaustão. E lá bem por dentro, o que as pessoas são
e pensam, pouco tem a ver tanta exaltação material. No livro vêm os que falam na fome e na fartura e no estado
das coisas e nas memórias como elas foram e são no presente, questionando como
serão. Por debaixo do enredo da construção das histórias, há o alicerce da
realidade, onde reside o seu sustento e a sua força. Tentando sempre espremer
algumas gotas de sumo do particular para o universal.
são as mesmas em qualquer parte. Mudou muito a cosmética do mundo, o mundo
cresceu por fora em oferta e procura e em deslumbramento pelos objectos e
coisas, piscam luzes e espalham-se ruídos, que se enfiam nos corpos e nos
sentidos, até à fartura da exaustão. E lá bem por dentro, o que as pessoas são
e pensam, pouco tem a ver tanta exaltação material. No livro vêm os que falam na fome e na fartura e no estado
das coisas e nas memórias como elas foram e são no presente, questionando como
serão. Por debaixo do enredo da construção das histórias, há o alicerce da
realidade, onde reside o seu sustento e a sua força. Tentando sempre espremer
algumas gotas de sumo do particular para o universal.
3- Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R- Provavelmente terá o título O Rapto, é um livro com
retratos de membros de uma família, desde o século XVIII até aos nossos dias,
as viagens das suas vidas como o muito que lhes passou por cima e ao lado, as
penas e os privilégios, em cerca de trezentos anos muito acontece, coisas do
arco-da-velha.
retratos de membros de uma família, desde o século XVIII até aos nossos dias,
as viagens das suas vidas como o muito que lhes passou por cima e ao lado, as
penas e os privilégios, em cerca de trezentos anos muito acontece, coisas do
arco-da-velha.
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Dimas Simas Lopes
Porto do Mistério do Norte
Companhia das Ilhas, 14€