Cristina Norton | A Vida é um Tango e Outras Histórias
1-O que representa, no contexto da sua obra, o livro «A Vida
é um Tango e Outras Histórias»?
é um Tango e Outras Histórias»?
R-Uma conquista, uma vitória, um desejo finalmente
concretizado. Num dos países onde o conto é visto como um tipo de escrita
menor, – esquecendo que houve grandes contistas como Camilo, Torga, Borges,
Cortázar, Wilde, entre muitos outros – sabe muito bem ver este livro publicado
e elogiado por críticos e leitores.
concretizado. Num dos países onde o conto é visto como um tipo de escrita
menor, – esquecendo que houve grandes contistas como Camilo, Torga, Borges,
Cortázar, Wilde, entre muitos outros – sabe muito bem ver este livro publicado
e elogiado por críticos e leitores.
2-Qual a ideia que esteve na origem desta obra?
R-Aos 17 anos comecei a publicar contos em jornais
portugueses, revistas literárias em Espanha e Argentina. Venho de um continente
onde escrever um conto é o maior desafio para um escritor, eleva-o na sua
qualidade de prosista porque é um género difícil e tem uma estrutura própria.
Deve-se atrair o leitor com as primeiras frases e conseguir que o leia até o
fim, onde o círculo se fecha. Para nós, latino-americanos é o maior desafio. Nunca
deixei de escrever contos. Muitos tiveram o destino das coisas malfeitas, o
lixo, outros foram publicados no Olá Semanário e depois na revista Máxima.
portugueses, revistas literárias em Espanha e Argentina. Venho de um continente
onde escrever um conto é o maior desafio para um escritor, eleva-o na sua
qualidade de prosista porque é um género difícil e tem uma estrutura própria.
Deve-se atrair o leitor com as primeiras frases e conseguir que o leia até o
fim, onde o círculo se fecha. Para nós, latino-americanos é o maior desafio. Nunca
deixei de escrever contos. Muitos tiveram o destino das coisas malfeitas, o
lixo, outros foram publicados no Olá Semanário e depois na revista Máxima.
Nos intervalos dos romances, quando algo me inspirava fui
escrevendo até chegar a ter 19 contos e quase 200 páginas e decidi que era o
momento de os publicar. A minha editora, Cecília Andrade, gostou e apostou
neles, o grupo Leya também.
escrevendo até chegar a ter 19 contos e quase 200 páginas e decidi que era o
momento de os publicar. A minha editora, Cecília Andrade, gostou e apostou
neles, o grupo Leya também.
3-Depois de vários romances, como se sentiu nesta aventura
de um livro de contos?
de um livro de contos?
R-Senti uma certa apreensão, um receio de “A Vida é um Tango” não ser bem aceite pelos leitores, e depois tive uma enorme alegria. A capa e o
título são muito apelativos, o que também ajuda. Espero que as pessoas gostem
de ler este livro, que vai ao encontro da falta de tempo dos dias de hoje, onde
mulheres e homens trabalham muito, fora e dentro de casa e por vezes só tem
alguns minutos para ler. Aí entra a vantagem do conto, podemos lê-lo no
autocarro, no comboio, numa sala de espera, num consultório ou enquanto
almoçamos rapidamente na pausa do trabalho. E sabemos logo como acaba, não
precisamos de chegar à página 435 para saber o desenlace.
título são muito apelativos, o que também ajuda. Espero que as pessoas gostem
de ler este livro, que vai ao encontro da falta de tempo dos dias de hoje, onde
mulheres e homens trabalham muito, fora e dentro de casa e por vezes só tem
alguns minutos para ler. Aí entra a vantagem do conto, podemos lê-lo no
autocarro, no comboio, numa sala de espera, num consultório ou enquanto
almoçamos rapidamente na pausa do trabalho. E sabemos logo como acaba, não
precisamos de chegar à página 435 para saber o desenlace.
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Cristina Norton
A Vida é um Tango e Outras Histórias
Oficina do Livro 14,40€