Contra o politicamente correcto
Num tempo como o nosso em que prevalece o politicamente correcto, sabe bem recordar um conjunto muito alargado de piropos. Ainda bem que podemos ler um livro como este. Em primeiro lugar, porque os piropos também fazem parte do nosso património e é bom que haja um registo escrito e impresso que o guarde para memória futura. Depois porque muitos dos piropos aqui reunidos têm, de facto, imensa piada.
O que mais surpreende neste livro é a quantidade de expressões reunidas nas treze categorias estabelecidas: desde “Piropos galantes, a delicadeza na língua” até “Piropos: faça você mesmo”.
Podemos dizer que há piropos para todos os gostos e para todas as ocasiões. Uns serão demasiado datados, outros ousados. Alguns podem fazer corar alguns. Mas, temos de reconhecer que a equipa que recolheu e organizou as dezenas de piropos nacionais aqui fez um trabalho sério e completo. Além de alguns mais brejeiros, podemos ler muitos outros que nasceram em filmes ou em livros.
Como aperitivo, aqui ficam três. Victor Hugo, o admirável escritor, escreveu em “Os Miseráveis”: “É adorável, senhorita. Eu estudo os seus pés com um microscópio e a sua alma com um telescópio!”. Ou ainda, neste caso no filme Casablanca, Ingrid Bergman afirma para Humphrey Bogart: “Aquilo foi o ribombar de um canhão ou é o meu coração a bater?”. Finalmente um bem sugestivo: “Queres barrar a tua manteiga na minha torrada?”.
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O Piropo Nacional
Guerra e Paz, 10€