Carlos Tê/Manuela Bacelar | Cimo de Vila

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1– O que representa, no contexto da sua obra, o livro «Cimo de Vila»?
CT (Carlos Tê)- Este livro significa uma incursão na área da prosa e à poesia, com o aliciante da imagem e da ilustração.
MB (Manuela Bacelar)-Quando resolvi estudar ilustração, a minha ideia era ilustrar LIVROS, capas de discos, cartazes etc., e também livros para a infância. No entanto, quando cá cheguei, por razões económicas, culturais e outras, acabei por ser solicitada só para livros para jovens a partir dos 10/11 anos. “Cimo de Vila” é o 3º livro que faço que não tem como público alvo as crianças. O primeiro, e um dos primeiros que fiz foi “Consola-te” no começo dos anos 1970 (Edições Afrontamento). Anos mais tarde ilustrei, por proposta minha, “Três Contos de Perrault” (Campo das Letras). “Cimo de Vila” partiu de meia dúzia de desenhos que tinha guardados numa caixa. Sugeri à Afrontamento o nome de Carlos Tê e a sugestão foi aceite. Mais tarde enviei ao Carlos Tê algumas das ilustrações para ver se estava interessado em escrever sobre elas. Dito isto, “no contexto da minha obra”, como me foi perguntado, “Cimo de Vila” foi o 3º livro que fiz não destinado ao público infantil. Foi um livro feito sobre o Porto com o mesmo entusiasmo com que fiz o cartaz do Porto em 1972. No cartaz do Porto não há gente, aqui há. E eu gosto das gentes do Porto. Os poemas/textos são saborosíssimos e, trabalhando com o Tê, aprendi muita coisa, repensei muita coisa. Foi gratificante.

2- Qual a ideia que esteve na origem do livro?
CT- A ideia partiu da Manuela Bacelar, que sugeriu o meu nomes para escrever os textos e tinha por base o Porto, um conjunto de textos mais ou menos indefinidos que abarcassem sentimentos, memórias, vivências, atmosferas, e poucos dados historiográficos.

MB-Ver resposta anterior.

3-Pensando no futuro: o que está a escrever/ilustrar neste momento?

CT- Acabei de escrever uma peça teatral musical – Missa do Galo, uma cantata pop.

MB-Neste momento, e como em todos os momentos depois de um livro saído, estou a desenhar sem finalidade alguma. É desse desenhar que depois surgirá ou não a ideia de livro, pintura ou outra coisa, ou nada.
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Carlos Tê/Manuel Bacelar
Cimo de Vila
Afrontamento, 25€