Carlos Nuno Lacerda Lopes | Rumo à Profissão

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1- De que trata este seu livro “Rumo à Profissão”?

R- O livro “Rumo à profissão” trata numa primeira análise de uma problemática que toca todo e qualquer profissional quando acaba o seu curso superior e procura tomar decisões relativamente ao seu futuro e à sua vida profissional ou carreira. E procura dar respostas a muitas questões próprias de quem começa ou de quem se quer lançar por sua própria conta e risco.
Como começar? Qual a melhor estratégia, como entender a profissão, quais as exigências do mercado, como se apresentar a esse mercado? Qual a diferença entre realizar trabalhos académicos e trabalhos profissionais? Quais os custos de uma empresa? ou o que custa e quanto custa montar uma empresa, são alguns dos temas que este livro trata. No entanto não se destina somente a quem começa e nesse sentido procura espelhar e retratar com toda a verdade e realismo o sector criativo, a importância que a sociedade atribui aos criativos e aos seus trabalhos bem como as alterações a realizar quer no empresarial quer no mundo académico de modo a formarmos cada vez mais pessoas empreendedoras e líderes em vez de qualificados seguidores.
Posso dizer que “Rumo à Profissão” será talvez, o primeiro livro escrito em português que procura desmistificar alguns dos preconceitos que a sociedade tem desenvolvido acerca dos artistas, arquitectos, designers… entre outros criativos, e da suposta falta de interesse ou ligação ao mundo dos negócios, do dinheiro, e do mundo empresarial.

2- De forma resumida, qual a principal ideia que espera conseguir transmitir aos seus leitores?
R- O que procuro demonstrar, através deste livro, é que é possível viver das profissões criativas e das capacidades artísticas dando seguimento aos valores e às ideias inovadoras e inventivas dos jovens recém-formados com vontade de “mudar o mundo”, ora formando as suas empresas ora trabalhando para outros empresários.
Demonstra que é possível “viver bem” da criatividade e da inovação que estes profissionais bem dominam e que hoje mais do que nunca essa capacidade de inovação e de invenção, é uma matéria-prima fundamental para o desenvolvimento do nosso País.
É um livro optimista, em contra-vapor com a crise que se vulgariza, sem deixar de procurar ser tecnicamente coerente e rigoroso, num discurso acessível e directo onde os problemas dos criadores, arquitectos, artistas, designers, engenheiros, bem como os truques do negócio e os casos reais são revelados e analisados com uma permanente pitada de humor e de irreverência que nos caracteriza.
É um retrato da nossa circunstância actual, visto pelos olhos e modos de ver dos criadores, empreendedores e profissionais das industrias criativas, de que é suposto não perceberem nada de negócios, não saberem o que é o “cash flow” ou o “ebitda” (…) mas mesmo, assim ganharem o seu dinheiro. Na verdade este livro procura  dar um grande pontapé nesta crise hipócrita, na exploração das nossas ideias e incita os leitores a acreditar que são capazes de, com estratégia e planeamento, construir o nosso mundo muito melhor e viverem bem com as suas profissões, sendo bons ou muito bons profissionais.

3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R- Neste momento estou a escrever uma ficção, que não sei dizer quando irei finalizar pois já ando há quatro anos com este texto. É algo complexo e filosófico, acerca de uma viagem vertical na ilha do Pico, nos Açores; dos modos diferentes de ver o mundo, da importância da experiência e da aprendizagem pelos livros. Aborda o confronto entre a oralidade e a escrita associado à construção das relações entre os homens. Tem a ver com os processos de criação de laços entre os homens e os valores da humanidade de dádiva e entreajuda através da visão de um velho e viajado taxista e da relação com um jovem e culto bibliotecário.
Mas como disse, está muito difícil finalizar esta aventura, no entanto como desistir não tem feito parte do meu modo de estar e fazer a vida, acredito que não será aqui que vou experimentar essa novidade, mas como digo está difícil, apenas estou apoiado numa frase que li, anos atrás, num painel de azulejos pintados por Bartolomeu Antunes de Jesus na Igreja de São Francisco de Salvador da Baia, que fixei e sigo sempre que diz “O começo é a metade da obra”. Por isso também é verdade que já falta pouco.
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Carlos Nuno Lacerda Lopes
Rumo à Profissão
Lello Editores