Busca contra o tempo
Mo Hayder já provou que é um nome a reter quando se fala de um bom thriller. Depois dos excelentes “Ritual” e “Pele”, a autora britânica está de volta ao contacto com os leitores portugueses com “Perdida”.
Mais uma vez Hayder explora até ao limite as contradições e perplexidades das sociedades contemporâneas, onde a fronteira entre o bem e o mal, o plausível e o horror é muito, muito ténue.
Em “Perdida” o inspetor Jack Caffery e a sua equipa enfrentam um dos maiores pesadelos de qualquer corpo policial, pelas óbvias implicações sociais e pânico que gera na opinião pública: o rapto de crianças.
O que parecia ser um simples caso de “carjacking” violento com a imprevista presença de uma criança no banca traseiro – o que levaria a supor o rápido abandono do carro e da sua jovem ocupante – revela-se bem mais complicado: o objetivo do ladrão não foi o automóvel mas precisamente a menina.
Passadas as primeiras horas sem notícias da criança, Jack Caffery compreende que este não será caso único e outras crianças irão desaparecer. Quem? Onde? Quando? São perguntas sem resposta – e das quais dependerá a vida das raptadas.
Os desaparecimentos sucedem-se e a polícia de Bristol mantém-se incapaz de encontrar o responsável. Todas as buscas se revelam infrutíferas e as pistas contraditórias desembocam um beco sem saída.
As famílias das vítimas são deslocadas para casas seguras e sob vigilância policial, mas mesmo essa precaução resulta ineficaz. Como é que o raptor fura a proteção? Torna-se evidente que há uma fuga dentro das forças policiais. A desconfiança interna aumenta, a paranoia sobe na mesma proporção. Procuram-se e prendem-se suspeitos, mas a espiral não termina.
Um caso difícil, uma luta contra o tempo que apanha na sua rede um Caffery cada vez mais desajustado e obcecado já não só com o desaparecimento do irmão quando ambos eram miúdos, mas também com o papel desempenhado pela sargento mergulhadora Flea Marlay no caso anterior.
E Flea, essa, continua a debater-se com os seus traumas, que a levam a assumir riscos para lá do possível… e permitido. E ainda tem de liderar uma equipa completamente desmotivada e sem confiança na sua líder.
É sob esta dupla instável que repousam as esperanças das famílias e a vida das meninas desaparecidas. Será possível um final feliz, perguntar-se-á o leitor até ao final do livro.
_____________________
Mo Hayder
Perdida
Publicações Europa-América, 23,75€
Mais uma vez Hayder explora até ao limite as contradições e perplexidades das sociedades contemporâneas, onde a fronteira entre o bem e o mal, o plausível e o horror é muito, muito ténue.
Em “Perdida” o inspetor Jack Caffery e a sua equipa enfrentam um dos maiores pesadelos de qualquer corpo policial, pelas óbvias implicações sociais e pânico que gera na opinião pública: o rapto de crianças.
O que parecia ser um simples caso de “carjacking” violento com a imprevista presença de uma criança no banca traseiro – o que levaria a supor o rápido abandono do carro e da sua jovem ocupante – revela-se bem mais complicado: o objetivo do ladrão não foi o automóvel mas precisamente a menina.
Passadas as primeiras horas sem notícias da criança, Jack Caffery compreende que este não será caso único e outras crianças irão desaparecer. Quem? Onde? Quando? São perguntas sem resposta – e das quais dependerá a vida das raptadas.
Os desaparecimentos sucedem-se e a polícia de Bristol mantém-se incapaz de encontrar o responsável. Todas as buscas se revelam infrutíferas e as pistas contraditórias desembocam um beco sem saída.
As famílias das vítimas são deslocadas para casas seguras e sob vigilância policial, mas mesmo essa precaução resulta ineficaz. Como é que o raptor fura a proteção? Torna-se evidente que há uma fuga dentro das forças policiais. A desconfiança interna aumenta, a paranoia sobe na mesma proporção. Procuram-se e prendem-se suspeitos, mas a espiral não termina.
Um caso difícil, uma luta contra o tempo que apanha na sua rede um Caffery cada vez mais desajustado e obcecado já não só com o desaparecimento do irmão quando ambos eram miúdos, mas também com o papel desempenhado pela sargento mergulhadora Flea Marlay no caso anterior.
E Flea, essa, continua a debater-se com os seus traumas, que a levam a assumir riscos para lá do possível… e permitido. E ainda tem de liderar uma equipa completamente desmotivada e sem confiança na sua líder.
É sob esta dupla instável que repousam as esperanças das famílias e a vida das meninas desaparecidas. Será possível um final feliz, perguntar-se-á o leitor até ao final do livro.
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Mo Hayder
Perdida
Publicações Europa-América, 23,75€